Fundeadouro Romano em Olisipo
O Porto de Lisboa em Época Romana
Resumo
A surpreendente descoberta de um Fundeadouro romano na Praça D. Luís I, em Lisboa, ocorre durante a construção de um parque de estacionamento.
Este é o ponto de partida de um documentário que nos leva pela história do mais importante porto do império romano no Atlântico.
Em época romana, a praça D. Luís I, junto ao Cais do Sodré, era uma pequena baía onde as embarcações ancoravam, no transporte de carga e passageiros. Os vestígios arqueológicos do Fundeadouro confirmam a utilização deste espaço entre o século I a.C. e o século V d.C.

Hoje, Olisipo esconde-se debaixo da cidade de Lisboa, mas naquele tempo, chegavam aqui grandes navios romanos oriundos das paragens mais distantes do Império. As ligações comerciais e marítimas fizeram de Olisipo um ponto de passagem obrigatório para as rotas atlânticas de abastecimento dos exércitos estacionados nos limites do Império.

Pela primeira vez, e através de uma proposta inédita de reconstrução virtual 3D, é possível ter uma imagem de como seria a cidade e o seu porto em época romana.
O filme é uma viagem pela presença romana no porto de Lisboa.

Escavações arqueológicas
Sinopse
Uma importante descoberta arqueológica efectuada durante a construção de um parque de estacionamento na Praça D. Luís I, em Lisboa, é o ponto de partida do documentário e o início de uma viagem pelo antigo porto romano de Olisipo.
Pela primeira vez é apresentada uma proposta 3D da imagem que teria a cidade de Lisboa em época romana. As relações marítimas e comerciais da antiga Olisipo são aqui apresentadas recorrendo a ilustração arqueológica e reconstituição virtual 3D.

Reconstituição virtual 3D da cidade romana de Olisipo (Lisboa) por César Figueiredo
Os trabalhos arqueológicos levaram à descoberta de um Fundeadouro de época romana, datado de entre o século I a.C. e o século V d.C.
Em época romana, a praça D. Luís I era uma pequena baía onde os navios ancoravam, no trânsito de cargas e passageiros, e as mercadorias que transportavam eram por vezes lançadas ao rio, talvez até com o intuito de se libertarem delas.
Da análise dos materiais recolhidos ficamos a conhecer o tipo de relações comerciais e marítimas que Olisipo manteve com o resto do Império, durante mais de 700 anos.

Vestígios arqueológicos recolhidos na praça D. Luís I
Aqui chegavam navios oriundos de todos os cantos do Mediterrâneo.
Olisipo era um importante centro de transformação de pescado. Na margem sul do estuário do Tejo existiam várias olarias que fabricavam as ânforas em que eram exportadas as conservas.

Olaria romana da Quinta do Rouxinol, Seixal
O porto de Olisipo era um dos mais importantes de toda a fachada Atlântica. por aqui passava uma rota marítima que, desde o mediterrâneo, abastecia os exércitos de Roma estacionados na Britânia e Germânia Inferior, actuais regiões da Grã-Bretanha e parte da costa norte da moderna Alemanha.
A Inédita Visão de Olisipo
A inédita visão de Olisipo possibilitará a todos uma viagem com quase dois mil anos até ao tempo em que Lisboa foi a “capital” portuária da Lusitânia.
O recurso às tecnologias digitais 3D e a interpretação de todos os dados arqueológicos permitiu realizar o sonho de muitos, abrindo uma janela para a Lisboa romana que jaz debaixo da cidade moderna.

Imagem da praça D. Luis I em época romana. Reconstituição virtual 3D por César Figueiredo
O trabalho de reconstituição realizado por César Figueiredo com a colaboração de vários especialistas vai permitir-nos ter uma visão inédita sobre uma cidade que estava em ligação com todo o império romano, deixando perceber que estava a fundar as bases para identidade marítima que caracterizou posteriormente Portugal.

O porto de Olisipo. Reconstituição virtual 3D por César Figueiredo
As inúmeras perspectivas e animações 3D da cidade irão certamente deixar todos os olisiponenses orgulhosos do seu passado ao contemplar uma visão nunca antes vista.